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  • Foto do escritorMara Serozini

Relacionar-se em tempos de autoconhecimento

Se relacionar amorosamente em tempos de “autoconhecimento” é desafiador, só quem viveu ou vive para saber.

A quantidade de informação dentro e fora da gente para assimilar é enorme, passamos por picos e vales emocionais, tratamos de dores que precisam de etapas, algumas delas de várias etapas.

Filosofias baseadas em conceitos como energia, frequência, ressonância vibratória, conexão para além do físico e mental, espiritualidade, física quântica e etc tem se tornado cada vez mais normal como opção para essa jornada de conhecer-se.

Mas é comum a gente cair na “receita do bolo”, porque mais uma vez está lá, nossa mente querendo tomar a frente de como esse caminho vai ser. Torna-se apenas uma repetição da descoberta ou do ensinamento do outro, e é aqui que a positividade tóxica acontece ou a aceitação/gratidão mecânica sobre tudo.

Mais importante do que assimilar mentalmente é compreender no seu coração todos esses conceitos relacionados a evolução e expansão da consciência.

Em um relacionamento amoroso por exemplo, descobrimos muito sobre nós. Seu parceiro ou parceira é um espelho imediato de todos as suas sombras, egos, virtudes e por aí vai. Com a convivência e intimidade, é muito simples de cair em narrativas como “você não me faz feliz”, ”você não é o suficiente”, “você não me valoriza”.

E então você que já adentrou nas maravilhas do processo de libertação lê tudo isso e pensa que já passou dessa fase, que sabe que o sentir-se amado, feliz, valorizado começa de si.


E é aqui que o meu recado começa.


Eu quero que você pare 1 minuto para ser absolutamente sincero e reflita se isso é verdade. É a sua mente que entendeu o conceito ou é o seu coração que sente?

Não estou dizendo que tem que ser um ou outro, eu acredito que é possível variar dependendo do quão importante é o tema para você, e de novo, quantas etapas serão necessárias para curar aspectos próprios do seu passado ou até mesmo karmático que estão ali refletidos no seu relacionamento.

Mais importante do que ficar se repetindo de que você tem que aceitar o outro como ele é quase como um convencimento da receita do bolo, é ter a coragem de conversar sobre as suas demandas emocionais e afetivas, de forma vulnerável e amorosa.

O dialogo muda de “você não me faz feliz” para “não me sinto feliz”.

Imediatamente e principalmente em uma relação que existe afeto e carinho, é natural que o outro pergunte por quê.

E é aqui que entra a sua coragem e grande oportunidade de sentir no seu coração o que é evoluir por meio (um dos caminhos) de ser vulnerável.

É importante que o outro saiba do seu momento, das suas dores, sombras e demandas emocionais, SEM responsabilizar e esperar que o outro as resolva para você.


Amar é estar disponível enquanto o outro vai para a batalha enfrentar seus demônios e seus maiores medos, independente do quão “despedaçado” ele volte.

Amar é compreender e legitimar as emoções e sentimentos do outro, sem opinar se isso é pequeno ou importante.

Amar é dar apoio ou espaço enquanto o outro se encontra.

Amar é querer dar asas não importando as consequências.



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